sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Homem sai tetraplégico após fazer exame do coração e Justiça condena hospital


O TJ (Tribunal de Justiça) do Rio de Janeiro condenou na quarta-feira (26) passada o HCor (Hospital do Coração) de São Paulo a pagar R$ 200 mil de indenização, por danos morais, a um homem de 67 anos por negligência médica. O paciente passou por um exame de cateterismo no hospital e saiu da unidade tetraplégico.

De acordo com o processo, o paciente se submeteu a um exame de cateterismo no hospital em agosto de 2000 e durante o exame teve uma elevação de pressão no momento em que passava pelo procedimento. Ele teve uma hemorragia e, de acordo com o laudo incluído no processo, o “avançar do cateter pode ter gerado pressão na artéria e alterado a circulação sanguínea do paciente”.

As informações do laudo foram fundamentais para a decisão do desembargador Gilberto Rêgo.

- Em casos como este, em que se examina o erro médico, a prova pericial é de suma importância, haja vista que se discute procedimento médico específico, que, em regra, o julgador não é versado 
Ao analisar o que disse o perito, o magistrado não teve dúvidas quanto à responsabilidade do hospital no episódio. Para o magistrado, o fato de o HCor não ter monitorado a pressão do paciente durante o exame, não ter ministrado medicamentos para conter o aumento da pressão e não ter informado ao paciente sobre os riscos do procedimento contribuiu decisivamente para o estado em que ele ficou.

- Na hipótese em apreço, vislumbro que restou, suficientemente, demonstrada a culpa da ré. Buscando uma resposta para tão lamentável acontecimento, o perito do juízo foi expresso em afirmar que houve erro médico. Note-se, que o autor entrou, normalmente, no hospital réu e, após o cateterismo, saiu de lá tetraplégico. Hospital de referência, diga-se. Mas a tetraplegia foi o seu resultado, após um já considerado procedimento simples..

De acordo com a decisão, além da indenização por dano moral, o paciente receberá pensão mensal de aproximadamente R$ 3.000 (salário que ganhava antes do incidente) e terá todas as despesas com o tratamento de saúde pagas pelo hospital.

O Hcor informou em nota que "irá recorrer da decisão porque os laudos periciais apontam a inexistência de nexo causal".

Um comentário:

cRiPpLe_rOoStEr a.k.a. Kamikaze disse...

Olha bem o nível de profissional que sai das faculdades de medicina brasileiras...
Depois esses açougueiros que usam roupa branca ainda se acham no direito de usurpar um título acadêmico querendo que seja usado como pronome de tratamento.


DR. É QUEM TEM DOUTORADO