sábado, 19 de fevereiro de 2011

Pesquisadores criam cadeira de rodas para mundo subdesenvolvido.Feita com materiais de bicicleta, cadeira tem alavancas para terrenos irregulares.



A acessibilidade é uma das maiores críticas ao espaço urbano das grandes cidades do mundo subdesenvolvido. A falta de rampas de acesso, as calçadas esburacadas e o transporte público precário dificultam a vida de quem precisa da cadeira de rodas para se locomover. Foi pensando nas necessidades e dificuldades de cadeirantes do mundo subdesenvolvido que Amos Winter, do Laboratório de Mobilidade do MIT, criou a Leveraged Freedom Chair (algo como cadeira de liberdade alavancada).

Editora Globo

A cadeira de rodas projetada para terrenos esburacados foi construída com materiais leves e aproveitados da estrutura de bicicletas. A ideia dos criadores é que ela possa ser reparada em qualquer lugar que arrume bicicletas. O design simples também possibilita que o equipamento seja construído por qualquer um que tenha acesso ao projeto.
Editora Globo

As alavancas acima das rodas servem para dar impulso extra na hora de subir ladeiras e aumentar a velocidade quando em lugares planos. A cadeira é testada por usuários em países do terceiro mundo e está um pequeno lote deve ser fabricado na Índia em breve.

Vídeo sobre DEFICIÊNCIA - Qual a verdadeira deficiência?

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Cadeira de rodas é controlada pelo pensamento do usuário.

Antidepressivo ajuda a recuperar lesão de medula, mostra estudo.


Um antidepressivo comum associado a um programa intensivo de treinamento em esteira pode ajudar pessoas com lesões parciais da medula espinhal a andar mais rapidamente e com mais desenvoltura, revela uma pesquisa inédita apresentada anteontem em congresso de neurociência que acontece em Chicago (EUA).Os antidepressivos são usados para tratar dor crônica de lesionados na medula, mas é a primeira vez que um estudo com humanos mostra benefícios na recuperação motora.
Segundo os autores, o uso de um antidepressivo inibidor da recaptação de serotonina ajudou a fortalecer as conexões nervosas remanescentes da coluna, dando aos pacientes mais capacidade de controlar os músculos das pernas.
“A droga por si só não é milagrosa. Você precisa é da droga mais o treinamento”, explica o médico George Hornby, professor do Instituto de Reabilitação de Chicago e um dos autores do estudo.
Segundo Hornby, foram testados os efeitos do antidepressivo em 50 pessoas que tinham capacidade parcial para mover-se, um ano após terem sofrido uma lesão da medula espinhal.
Durante oito semanas, os pacientes participaram de um treinamento em uma esteira motorizada, assistido por um robô ou por um fisioterapeuta. Eles tiveram o apoio de um suporte para não cair.
Cinco horas antes do treino, metade do grupo recebeu 10 mg de antidepressivo e a outra metade, placebo. Ambos os grupos melhoraram, mas aqueles que tomaram o remédio foram capazes de andar muito mais rápido, de acordo com Hornby.
Ele diz que a droga aumentou os espasmos musculares nos pacientes e que esses reflexos podem ser treinados. “Os pacientes que têm uma lesão da medula espinhal podem invocar esses reflexos para andar.”
Os voluntários só tomaram o antidepressivo no dia do treinamento, mas os benefícios permaneceram mesmo depois que os efeitos da droga haviam passado, afirma o pesquisador.


Qualidade de vida
Segundo o médico Tarcisio Eloy Pessoa de Barros Filho, titular de ortopedia da USP e especialista em lesão medular, os resultados da pesquisa são “muito positivos”, mas são necessários estudos maiores para que o tratamento seja incluído na prática clínica. “Está bem longe da cura, mas pode melhorar a qualidade de vida desses pacientes”, diz ele.
Barros Filho explica que as pesquisas em animais já haviam demonstrado que o antidepressivo pode melhorar o tratamento de lesionados da medula porque facilitam a transmissão dos impulsos nervosos na coluna. “É uma peça a mais nesse gigantesco quebra-cabeça [que é a medula].
”De acordo com o neurologista Jaderson da Costa, coordenador do projeto e diretor do Instituto de Pesquisas Biomédicas da PUC-RS, o antidepressivo age aumentando a disponibilidade de serotonina em pacientes que ainda têm um substrato neural na medula (lesão parcial) e isso pode ajudar na recuperação motora.
Ele lembra que esse tipo de droga também pode melhorar a disponibilidade afetiva, o que faz com que os pacientes se engajem em um programa de treinamento com mais facilidade. “O cérebro ajuda o cérebro.
”O médico Cícero Vaz, fisiatra do Hospital Israelita Albert Einstein, avalia que mais estudos serão necessários para comprovar se o benefício apontado pelo estudo é neurofisiológico (pela ação da serotonina nos impulsos nervosos) ou emocional. “Esse tipo de paciente tende à depressão. Será que, ao melhorar, não há mais aderência ao tratamento?”

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Lindbergh Farias quer comissão para aperfeiçoar legislação sobre pessoa com deficiência.


O presidente do Senado Federal, senador José Sarney (PMDB-AP), recebeu nesta quinta-feira (10), em seu gabinete, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) e a superintendente do Instituto Brasileiro de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Teresa D’Amaral. Em entrevista após o encontro, o senador Lindbergh Farias disse que propôs ao presidente do Senado a criação de uma comissão especial para aperfeiçoar a legislação sobre as pessoas com deficiência. De acordo com o senador, o presidente José Sarney “recebeu a ideia com entusiasmo” e irá trabalhar para instalar a comissão.
Lindbergh Farias afirmou que a legislação brasileira já é boa, mas pode ser melhorada. Além de buscar o aperfeiçoamento das normas legais já vigentes, a comissão especial irá, segundo o senador, estabelecer um grande debate e uma grande mobilização nacionais em torno do tema, realizando seminários e audiências públicas.
- Vamos levantar a bandeira da pessoa com deficiência por todo o Brasil – afirmou o parlamentar.
O senador lembrou que hoje, mesmo com uma legislação avançada, há mães de crianças com deficiência que enfrentam “uma luta duríssima no dia-a-dia”, na busca de espaço para dar estímulos ao filho. O senador – que tem uma filha com síndrome de Down – disse que pequenas iniciativas podem fazer a diferença. Citou, por exemplo, a possibilidade de inclusão da Língua Brasileira de Sinais (Libras) no ensino fundamental.
- As crianças iriam se divertir. E quantas pessoas com deficiência auditiva seriam incluídas na vida social apenas com essa medida? – indagou.
Segundo Lindbergh Farias, Sarney afirmou que a comissão (temporária) será criada o mais breve possível. O senador lembrou que o presidente do Senado tem desenvolvido um grande trabalho em favor da inclusão da pessoa com deficiência desde seu mandato como presidente da República, quando foi aprovada boa parte da legislação atual sobre o assunto.
Também em entrevista após o encontro, Teresa D’Amaral disse que “é preciso dar efetividade à legislação brasileira”. Ela afirmou que a grande maioria das cidades brasileiras não tem acessibilidade para pessoas portadoras de deficiência.
De acordo com Teresa D’Amaral, 14,5% da população brasileira são portadores de alguma deficiência. Para ela, “o tema tem de ser trazido para a responsabilidade do Estado e da sociedade”.
- Os deficientes têm necessidades pontuais: o deficiente auditivo precisa do sistema de Libras, o deficiente visual precisa de um programa específico de computador etc. Mas o que é preciso mesmo é o respeito e o espaço necessário para se discutir o tema – afirmou.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011


Estudo valida MultiStem como terapia potencial de células-tronco para lesão da medula espinhal.

“Este estudo demonstra pela primeira vez que uma célula-tronco adulta é capaz de modificar vários aspectos da resposta ferida na sequência de uma lesão medular, concomitantemente alterar a resposta inflamatória para atenuar a lesão secundária no sistema nervoso central e aumentando o potencial de regeneração da neurônios danificados se. Determinadas células-tronco adultas aderentes são conhecidos por terem capacidade imunomoduladora, mas seu potencial para inibir este processo prejudique a inflamação relacionados com danos na medula espinhal não tinha sido investigada até agora “, disse Jerry Silver, PhD, Professor do Departamento de Neurociências na Case Western Reserve School of Medicine.
“Usando modelos pré-clínicos de lesão medular, observamos que MAPC pode regular de forma dinâmica os macrófagos, que causam danos inflamatórios e estimulam o crescimento dos neurônios simultaneamente. Nossos resultados demonstram que CMAP transmitir significativos benefícios terapêuticos após a lesão medular e fornecer provas concretas de que esses adultos células-tronco podem exercer influências positivas imunomoduladores e neurotróficos. “
O estudo, “adultas multipotentes Células Progenitoras Prevenir mediada por macrófagos Axonal dieback e promover o crescimento após a Lesão Medular” demonstra como a administração da CMAP potente afeta células do sistema imunológico responde à lesão inicial em uma série de maneiras. Primeiro, CMAP diminuir significativamente a liberação de uma proteína chamada prejudiciais MMP-9 (metaloproteinase-9), por certas células do sistema imunológico conhecidas como macrófagos, que é conhecido por induzir a morte das axonal. CMAP também provocar uma mudança de macrófagos de um M1, ou “clássica ativado” estado pró-inflamatório, a um M2, ou “alternativamente ativados” estado anti-inflamatórios. Além desses efeitos sobre macrófagos, CMAP promover crescimento de neuritos sensoriais além do local da lesão, indução de brotos, e ainda permitir que os axônios para superar os efeitos negativos dos macrófagos, assim como moléculas inibidoras no seu ambiente, aumentando a sua capacidade intrínseca de crescimento.
“Estes resultados são consistentes com os efeitos que vemos em outros modelos de lesão neurológica, e proporcionar uma maior validação do MultiStem emergentes como uma terapia com células-tronco com um vasto potencial para o tratamento de uma variedade de condições, incluindo muitas vezes, devastadoras e aparentemente irreversíveis seqüelas da lesão da medula espinhal “, disse Gil Van Bokkelen, PhD, presidente e Chief Executive Officer da Athersys. “Embora a investigação continua significativo antes que possamos aplicar esses métodos em terapia humana, vemos esses resultados como muito emocionante, e estamos ansiosos para continuar a explorar a utilidade clínica do MultiStem toda uma série de indicações neurológicas.”

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Vereador solicita carteiras adaptadas para pessoas com deficiência em todos os colégios.Nova lei afeta todos os estabelecimentos de ensino de Barra Mansa (RJ).



Três mãos de adultos auxiliam mão de criança a escrever
A Câmara Municipal de Barra Mansa (RJ)Site externo. aprovou o Projeto de Lei 299/09, de autoria do vereador Luiz Baptista de Barros, que dispõe sobre a obrigatoriedade da existência de carteiras escolares adaptadas para uso de estudantes com deficiência física em todos os estabelecimentos de ensino do município.
O prefeito José Renato (PMDB) sancionou a Lei 3.888, de 26 de Abril do ano passado, e o instrumento legal já está em vigor, devendo ser aplicado neste ano letivo.
Considera-se pessoa com deficiência física ou com mobilidade reduzida, para efeitos da lei aprovada, a que, temporária ou permanentemente, tem limitada a sua capacidade de relacionar-se com o meio e de utilizá-lo, conforme dispõe o inciso III do art. 2º da Lei Federal 10.098, de 19 de fevereiro de 2000.
Os estabelecimentos de ensino enquadrados na obrigatoriedade são os de ensino fundamental, médio e superior, incluídos ainda os cursos de extensão. As carteiras adaptadas deverão se adequar aos padrões e normas daAssociação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)Site externo. e do Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro)Site externo.. A lei prevê, ainda, que a quantidade de carteiras necessária será determinada quando do ato da matrícula.
O vereador, ao justificar o seu projeto de lei, enfatizou: “Precisamos garantir a qualidade de vida de toda a população, sem exceção, e facilitar o dia a dia para aqueles que tenham dificuldades de locomoção ou de adaptação ao ambiente escolar. O que propomos é, justamente, criar normas para que as nossas escolas, em todos os níveis, ofereçam condições dignas às pessoas com deficiência física, temporária ou definitiva, para a frequência às aulas, sem que sofram prejuízos no processo de aprendizagem o oferecendo condições igualitárias a todos”.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Empresa no Piauí paga indenização por discriminar pessoas com deficiência.Pessoas com deficiência visual e auditiva foram as vítimas. Um deles teve uísque servido em copo de plástico.



Símbolo que traz diversos desenhos que remetem pessoas com deficiência
A Promotoria da Pessoa com Deficiência e do Idoso penalizou um restaurante de TeresinaSite externo.por discriminar um grupo de pessoas com deficiência. Após acordo com o empresário, oMinistério Público EstadualSite externo. determinou o pagamento de 300 cestas básicas em punição pelo crime, ocorrido este mês. 
Seis pessoas com deficiência visual e auditiva foram jantar no restaurante e se sentiram discriminados no atendimento. Segundo a denúncia, os garçons não respondiam aos chamados dos clientes, que teriam sido tratados como pedintes.
O fato mais marcante da denúncia foi o atendimento diferenciado. Um dos deficientes teve uísque servido em copo descartável, de plástico, enquanto os clientes das outras mesas tinham copos de vidro. 
O nome da empresa, que reconheceu o erro dos garçons e chegou ao acordo, não foi divulgado pela Promotoria.
A pena será paga em 100 cestas para a Associação dos Deficientes Físicos de Teresina e 200 para o Conselho Estadual de Direitos da Pessoa com Deficiência.

Pela primeira vez, deputados cadeirantes terão acesso à tribuna na Câmara.Reformas implantadas na Câmara permitirão o acesso dos três parlamentares eleitos à tribuna.



Foto do prédio da Câmara
Na terça-feira, 1º de fevereiro, o Plenário Ulysses Guimarães vai receber os deputados da 54ª Legislatura já adaptado às necessidades dos parlamentares com deficiência. Pela primeira vez, deputados cadeirantes terão acesso à tribuna.
Três dos parlamentares que tomam posse nesta terça-feira usam cadeira de rodas: Mara Gabrilli (PSDB-SP)Site externo.,Rosinha da AdefalSite externo. (PtdoB-AL) e Walter TostaSite externo. (PMN-MG). Para que possam acessar a tribuna, a CâmaraSite externo. instalou uma plataforma elevatória para cadeiras de rodas. Também foi criado um espaço reservado para cada um deles nas pontas do corredor central de acesso ao Plenário, onde foram instalados microfones. "Essas medidas possibilitam que os cadeirantes possam usar o microfone para apartes", explicou o diretor da Coordenação de Projetos da Câmara, Maurício Matta.
Desde 2004, a Câmara vem reformando suas instalações para permitir a acessibilidade de parlamentares, visitantes, funcionários, telespectadores e internautas aos ambientes, produtos e serviços da Câmara. Confira abaixo adaptações feitas para dar acessibilidade aos deputados cadeirantes:
-Instalação de uma plataforma elevatória no Plenário Ulysses Guimarães para permitir o acesso à tribuna (jan/2011);
-Adaptação (retirada das poltronas e instalação de microfones fixos) e sinalização de 3 bancadas no Plenário Ulysses Guimarães (jan/2011);
-Adaptação de sanitários no Plenário Ulysses Guimarães (dez/2009);
-Instalação de um sistema óptico de votação eletrônica no Plenário para a Deputada Mara Gabrilli, que é tetraplégica (jan/2011);
-Adaptação e reformulação do leiaute da Sala Vip dos Deputados para permitir o acesso ao elevador, ao interfone e ao registro de ponto eletrônico (jan/2011);
-Reforma e adaptação dos apartamentos funcionais (obra concluída em jan/2011);
-Reforma e adaptação dos gabinetes funcionais (obra a ser concluída em fev/2011);
-Adaptação de vagas na garagem do Anexo IV e demarcação de rota acessível com reforma no piso (jan/2011);
-Reforma e adaptação do Plenário 2, o 14º e último plenário de Comissões a ser adaptado (jan/2011).

Tecnologia especial permite que pessoas com deficiência visual dirijam.A tecnologia é a combinação entre uma adaptação em um carro comum e a criação de luvas especiais (que fornecem respostas táteis).


Homem com óculos escuros
Uma nova tecnologia desenvolvida pela Virginia TechSite externo., promete uma maneira viável para que as pessoas com deficiência visual possam dirigir automóveis no cotidiano. A novidade foi experimentada por Mark Riccobono, um executivo da NFB (Federação Nacional para Cegos), o qual teve a oportunidade de pilotar um automóvel no circuito Daytona International Speedway.
A tecnologia é a combinação entre uma adaptação em um carro comum e a criação de luvas especiais (que fornecem respostas táteis) para que os deficientes visuais possam ter uma maneira diferente de dirigir. Com seis anos de investimento em pesquisa em desenvolvimento, a equipe da Virginia Tech finalmente conseguiu algo útil para experiências iniciais.
Durante o teste na Daytona International Speedway, Mark Riccobono pôde desviar de obstáculos estáticos e em movimento - os quais foram lançados de uma van. Apesar de a experiência surtir resultados positivos, a NFB afirma que a tecnologia ainda não está pronta para utilização no cotidiano.
A criação desta nova tecnologia é um resultado da competição Blind Driver Challenge (Desafio de Motoristas Cegos) proposta pela NFB. A novidade ainda não tem um nome definido e não há previsão de disponibilidade para o consumidor final, nem mesmo se a legislação vai aprovar esse tipo de acessório para os deficientes visuais.